Fogo no Rabo
Fomos passear pela mata que recobre uma das barras arenosas do Rio Araguaia e sentamos em um banco estrategicamente situado à beira-lago, na sombra. Ficamos olhando os pássaros pulando de galho em galho e os peixes saltando na água. De repente eu comecei a sentir um fogo danado no rabo. Uma coceira que não parava mais, a sensação de mil agulhinhas microscópicas enfiadas na pele. "Deve ser poeira de piranheira preta (pó de mico), dona. Liga não, que quando tomar banho no rio passa."
Antes de dormir sentamos em frente à barraca para olhar o céu. Muita estrela piscando, a via láctea cruzando o céu. Coisa linda! Ficamos torcendo pra chegar logo a hora de desligar o gerador, e poder finalmente ouvir os grilos. O Tan esperando ver estrela cadente, e eu, extraterrestre.