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Se você se preocupa em saber quais histórias são verdadeiras e quais são ficção, lembre-se de que a história muda conforme aquele que a conta, pois todas elas sempre carregam algo de verdadeiro e muito da fantasia do escritor. Afinal, neste mundo das redes sociais, mesmo quando pretendemos estar contando a verdade sobre nós, redigimos uma ficção.

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Dia de Sol em Giverny

Afinal o tempo melhorou e pude pegar um trem para Giverny! Neste vilarejo, onde se encontra o lar do pintor Claude Monet, se respiram o impressionismo e o perfume das flores,. Para chegar lá tive de pegar um trem que demora 1h para chegar a Vernon, seguido de um trechinho de onibus até Giverny.
A primeira visita, logo no início da manhã, não podia ser outra: os jardins e a casa de Monet.
Os jardins são um espetáculo à parte, sendo considerada a mais bela obra do pintor. E não é à toa. Uma orgia de flores de todas as cores e perfumes e um zum-zum de abelhas enlouquecidas despertam todos nossos sentidos. Quem foi que disse que as abelhas estão desaparecendo do planeta? Elas foram todas pra Giverny, onde pregam a segregação racial: cada tipo de abelha ocupa uma espécie de flor. O lago das ninféias – sim, ele existe! – é lotado de nenúfares, que Monet mandou trazer do Japão para embelezar seu lago.
A casa é outro espetáculo. Com sua fachada toda pintada de rosa antigo e de arquitetura super simples, ela tem o toque de Monet por todo lado. Cada peça da casa é pintada com uma palheta de cores diferentes, que combina com os estofados, cortinas e com os pequenos objetos de decoração. As paredes são todas cobertas de gravuras japonesas, quase uma obsessão na vida do pintor. A casa é na verdade uma grande natureza morta. No andar de cima, os quartos dele e de sua esposa, cada um com sua cama de meio-casal, se situam nos extremos opostos da casa. Chega-se de um quarto ao outro atravessando dois quartos de vestir. Monet devia roncar alto!

Saí de lá com a alma leve, para pousar logo adiante, no Museu de Arte Americana. Giverny foi centro de peregrinação de todos os grandes impressionistas americanos, que lá viveram algum período de suas vidas. O museu é um show. Outra visita que vale à pena é o hotel onde muitos desses pintores americanos se hospedaram durante sua fase francesa. O jardim desse hotel, imenso, é também uma coisa de louco.
Ao final da tarde resolvi fazer o trecho Giverny-Vernon a pé, para aproveitar o dia de sol até a última gota e encerrar com chave-de-ouro o passeio. Amanhã é dia de chuva em toda a França.

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Tags: giverny monet museu de arte americana

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