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Se você se preocupa em saber quais histórias são verdadeiras e quais são ficção, lembre-se de que a história muda conforme aquele que a conta, pois todas elas sempre carregam algo de verdadeiro e muito da fantasia do escritor. Afinal, neste mundo das redes sociais, mesmo quando pretendemos estar contando a verdade sobre nós, redigimos uma ficção.

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O sucesso da nova lei da canonização

O que a fé e a lei têm em comum? Muita coisa, diria Paulo VI.

Durante o pontificado de Paulo VI, ele propôs uma reforma na Cúria para atender a necessidade de atualizar as leis relativas às causas dos santos. Com a criação da “Congregação para as Causas dos Santos” em 1969, formou-se um grupo exclusivo para tratar de todos os trâmites relativos à beatificação e à canonização, o que acelerou bastante este processo.

santinhos

Poucos anos antes, durante o Concílio Vaticano II, já se havia definido que não apenas os padres, mas também os leigos poderiam aspirar a serem chamados de santos. Para que isto fosse possível, bastava que fossem comprovadas as suas virtudes heroicas, a sua fama de santidade, estivessem mortos a pelo menos cinco anos e fossem confirmados no mínimo dois dos seus milagres. Uma vez canonizados, os indivíduos passam a ser considerados intercessores junto a Deus e modelos de comportamento a serem imitados pelos demais.

Com a simplificação do processo de canonização em 1969, a santidade tornou-se “um direito universal”, não havendo mais restrições quanto à idade do candidato, ou ao seu país de origem. Atualmente, mesmo crianças e adolescentes podem ser considerados santos. Estas modificações nas leis das causas dos santos causaram um boom no processo de canonização, havendo mais casos de santificação nos últimos 50 anos do que nos 350 anos anteriores.

Este é o caso de Carlo Acutis, um garoto criado na Itália, que morreu de leucemia aos 15 anos de idade (2006). Em função do seu trabalho de criação de um site que documentava todos os milagres eucarísticos relatados, ele recebeu o apelido de “influencer de Deus”. Dois milagres são atribuídos a Carlo: a cura de uma criança brasileira que possuía uma doença congênita no pâncreas, e a cura de um universitário de Florença com traumatismo craniano.

No dia 20 de outubro deste ano (2024), Carlo será canonizado juntamente com onze outros candidatos, todos eles pertencentes a ordens da Igreja. Apenas Carlo é leigo. 

A Igreja considera que a distância entre Carlo e o padre José de Anchieta é apenas temporal, pois os dois têm muito em comum:

  1. Fé e piedade desde a infância
  2. Estudantes em instituições jesuíticas
  3. Adoeceram na juventude
  4. Demonstraram amor à Nossa Senhora. Neste caso, Carlo afirmou, aos 15 anos de idade, que “a Virgem Maria é a única mulher de minha vida”
  5. Devoção fervorosa à Eucaristia
  6. Criatividade na arte de evangelizar
  7. Serviço aos pobres e pequenos

Como evidência do seu serviço aos pobres e pequenos, a mãe de Carlo Acutis afirma que ele criou o site onde estão listados todos os milagres durante as suas férias de verão, com o objetivo de ajudar os padres jesuítas no seu trabalho junto aos pobres. Ele, posteriormente, teve de apresentar este site nas escolas, pois era o único que sabia usar o computador com destreza. O seu envolvimento nesta tarefa era para servir de exemplo às demais crianças.

Nos últimos anos, o Vaticano reconheceu um grande número de novos santos. Apenas em 2020, o ano da pandemia, é que não houve canonizações. Apenas nos seis primeiros anos do pontificado do Papa Francisco, ele canonizou 897 novos santos da Igreja Católica, número que confere a ele o título de maior beatificador da história. Tamanho feito tem por objetivo estimular a devoção popular à fé católica, que vem sofrendo fortemente com a perda de seguidores nas últimas décadas.

(Fonte: vaticannews.va)

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Tags: canonizaçãosantificaçãoConcilio Vaticano IICongregação para as causas dos santosCarlo Acutis

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