O que o Método Matern e a Parábola do Ceramista tem para nos ensinar
Você já ouviu falar de Matt Farley, um músico e cineasta canadense de 45 anos de idade? Há grande chance de sua resposta ser afirmativa visto que ele é considerado o músico mais prolífico da face da Terra, tendo mais de 25mil músicas gravadas até o momento. Sua altíssima produtividade musical é fruto de uma idéia genial que ele teve há alguns anos: tirar vantagem do modo como procuramos por uma música na internet, que utiliza um mecanismo de busca e as palavras principais que aparecem título ou na letra da música.
Para que quase todas as buscas por músicas realizadas em plataformas do tipo Spotify e YouTube incluísse entre os resultados músicas suas, ele compôs e gravou músicas sobre praticamente todos os assuntos possíveis: nomes de times de futebol, nomes de mulheres, trabalhos, animais, diferentes propostas de casamento, e até mesmo sobre as nossas mais bizarras atividades no banheiro. Aliás, suas músicas mais tocadas estão em um álbum chamado Toilet Bowl Cleaner. Se você se interessar por conhecer uma destas músicas, clique aqui. Estas últimas, em especial, fazem muito sucesso com as crianças.
Para conseguir atingir a sua meta, há dias em que ele chega a compor e gravar 50 músicas! Mesmo ganhando apenas meio penny a cada vez que uma música sua é executada, ele chega a receber a incrível soma de U$200 mil por ano. Uma produtividade tão elevada chamou a atenção das pessoas e levou ele a escrever um livro onde ele explica o seu método de criatividade artística: The Motern Method. Para Matt, se você tem uma idéia, seja ela fantástica ou ridícula, você deve se esforçar para colocá-la em prática. Desta maneira, você estará dizendo ao seu cérebro que vale à pena ter idéias. Caso contrário, da próxima vez em que você quiser criar algo, ele irá puní-lo, abandonando você em um período de seca criativa.
O método de alta criatividade de Matt está alinhado às idéias dos fotógrafos David Bayles e Ted Orland, publicadas em seu livro Art & Fear. Os autores sugerem que, no que se refere à produção artística, a elevada produtividade leva à produção de obras de alta qualidade. Esta regra obviamente não se aplica a artistas geniais como Mozart ou Da Vinci, mas a pessoas normais como, eu e você. Para explicar melhor este conceito, eles contam a Parábola do Ceramista:
Um professor de cerâmica anunciou no dia da abertura do seu curso que ele ia dividir a turma em dois grupos. Todos os alunos do lado esquerdo do ateliê, disse ele, seriam avaliados apenas pela quantidade de trabalhos que produzissem, e todos os do lado direito, apenas pela sua qualidade. O seu procedimento era simples: no último dia de aulas, ele traria a sua balança do banheiro de casa e pesaria o trabalho de cada aluno do grupo da "quantidade": cinquenta quilos de vasos seriam classificados com um "A", quarenta quilos com um "B", e assim por diante. Os que seriam avaliados pela "qualidade", no entanto, apenas precisavam produzir um vaso - ainda que perfeito - para obter um "A". Quando o dia da classificação chegou , surgiu um fato curioso: os trabalhos de maior qualidade foram todos produzidos pelo grupo que estava sendo classificado pela quantidade. Parece que, enquanto o grupo da "quantidade" estava ocupado a produzir pilhas de trabalho - e a aprender com os seus erros, o grupo da "qualidade" estava sentado a teorizar sobre a perfeição e, ao final, pouco tinha para mostrar além de teorias grandiosas e uma pilha de barro morto.
(Texto traduzido para o português com a versão gratuita do tradutor - DeepL.com)
Para mim pessoalmente, o emprego deste método da alta produtividade tem sido vantajoso. Mesmo que eu não possa dizer que tenha produzido algum texto genial, tenho observado que o desafio de escrever diariamente tem produzido resultados. A rotina leva a uma evolução da técnica e facilita o fluxo de idéias. Unindo a rotina de escrever diariamente ao fato de que estou começando o curso de formação de escritores, pretendo dar um salto de qualidade no meu trabalho. Mas isso, só o tempo dirá.
Voltar