Chocolat amer
Amanhã eu vou visitar a basílica de Saint-Denis, com um colega libanês, minha primeira amizade aqui na França. Será que eu vou passar um ano inteiro sem conhecer um francês com selo de garantia?
Apos a basílica, ele vai à igreja dele (muçulmana ou católica?), orar. Eu pretendo ir à Chapelle Medaille Miraculeuse e ao Museu Rodin. Se der tempo, quero ver o túmulo de Napoleão. Eu me programei para ver as coisas que estão no caminho de volta da basílica.
Quanto aos prazeres da mesa, eu não tenho feito nada de muito especial. A visita à feira é o que mais me agrada. Mas hoje não deu muito certo. Comprei 1kg de maçãs, 1/2kg de bergamotinhas e 2 peras e paguei 10 euros (26 reais), pode? Isso me deixou de mau humor.
Ontem teve uma festividade no centro de pesquisa na hora do almoço. O presidente da companhia fez discurso de feliz ano novo, seguido de boca livre, que durou duas horas e meia! Teve de tudo: champanhe, foie gras (não o patê, mas o fígado inteiro, que é o mais apreciado), ostras, petit fours, e umas peças inteiras de carne e de salmão cru, que só de olhar me enjoaram.
Os legumes crus com molhinhos, que eles chamam de crudités, foram ignorados pela maioria. É incrível, mas o francês parece não ter nunca ouvido falar de colesterol. Eles amam comidas pesadas! De sobremesa, fondue de chocolate, macrones, docinhos. Para terminar, café com chocolatinhos amargos, uns bonbonzinhos todos decorados que são o must por aqui. Chocolate ao leite é outra coisa ignorada por aqui. Eu amo chocolate amargo, mas outro dia me ofereceram um chocolate com 84% de cacau que até para mim foi demais.
Fiquei amiga de uma estagiária francesa que passou o tempo todo me procurando para me dar dicas de quais belisquetes eram imperdíveis.
Bom. hoje preguicei de novo e não fui passear. Essa faxina de sábado de manhã me mata o ânimo. Mas amanhã não escapa....
Voltar