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Se você se preocupa em saber quais histórias são verdadeiras e quais são ficção, lembre-se de que a história muda conforme aquele que a conta, pois todas elas sempre carregam algo de verdadeiro e muito da fantasia do escritor. Afinal, neste mundo das redes sociais, mesmo quando pretendemos estar contando a verdade sobre nós, redigimos uma ficção.

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A festa do peixinho dourado



Ontem fez um frio desgraçado. Meu peixe, coitado, mal saiu do fundo do aquário. Batia as nadadeiras, abria e fechava a boca, num movimento rítmico, lento, hipnótico. Abria e fechava a boca, abria e fechava, abria... e eu ali, observando a cena com olhos sonolentos, perdida em devaneios no calor morno das cobertas.

Hoje amanheceu um dia de céu muito azul, ensolarado. Os passarinhos anunciaram a boa nova desde cedo, esperançosos, o céu ainda carregado de estrelas matutinas. Quando o sol afinal invadiu minha janela, botei o aquário no peitoril e assisti, encantada, a magia do bom tempo operar. 

 

Aquele peixinho apático de outrora, agora faz piruetas e se embriaga de ar no oxigenador, nada em zigue-zague por todo o aquário festejando os raios de sol que se refratam na água. A felicidade é tanta! É como se cheirasse lança-perfume pelas brânquias...

 

Eu também anseio pela chegada da primavera, pelo coração em festa dos dias mornos e ventosos. Mas por ironia do destino e da tecnologia, amanhã passarei direto deste inverno inconstante para os dias tórridos de fim de verão. Que bons ventos me levem.

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Tags: peixe douradofelicidadeprimavera

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